Negligenciar autocuidado em prol de familiares põe em risco saúde feminina, alerta médica

Dra Jaqueline Neves

Negligenciar autocuidado em prol de familiares põe em risco saúde feminina, alerta médica

Muitas mulheres não priorizam a própria saúde em detrimento dos cuidados com familiares, sejam eles filhos, pais idosos ou outros membros do núcleo familiar. Essa realidade, embora muitas vezes motivada pelo afeto e preocupação, pode apresentar consequências sérias para a saúde feminina em longo praz

A ginecologista Jaqueline Neves destaca a importância do autocuidado para as mulheres: “É fundamental que elas entendam que cuidar de si mesmas não é egoísmo, mas, sim, uma necessidade básica para uma vida saudável e equilibrada. Ignorar sua própria saúde pode resultar em complicações que poderiam ser evitadas com medidas simples além de atrair pessoas abusivas e com comportamentos tóxicos, seja no seio familiar ou no âmbito da amizade e trabalho”, ressalta.

Dados revelam que muitas mulheres adiam consultas médicas, exames de rotina e até mesmo tratamentos por conta de responsabilidades familiares. Esse comportamento, apesar de compreensível, pode levar a problemas de saúde sérios, como doenças crônicas não diagnosticadas, deficiências nutricionais e problemas emocionais decorrentes do estresse e da exaustão.
Alguns exames físicos, como o das mamas, da vulva, da região externa da genitália, do canal da vagina e do colo de útero, devem ser considerados de rotina, assim como a coleta do exame preventivo, mais conhecido como Papanicolau, que previne o câncer de colo de útero. A ginecologista recomenda também a realização da ecografia e mamografia, indicados geralmente a partir dos 40 anos, mas podem ser feitos antes por mulheres com histórico de câncer de mama na família. Para mulheres a partir dos 65 anos, o exame de densitometria óssea consegue detectar a osteoporose e a osteopenia.

De acordo com a médica Jaqueline Neves, “é crucial que as mulheres aprendam a estabelecer limites saudáveis e a priorizar sua própria saúde, mesmo que isso signifique delegar algumas responsabilidades familiares ou buscar ajuda externa. O autocuidado não é um luxo, mas, sim, um direito e uma necessidade.”

Além das questões físicas, a saúde mental das mulheres também é afetada quando determinados cuidados são negligenciados. É essencial que se promova uma cultura de autocuidado entre as mulheres, incentivando-as a priorizarem sua saúde física e emocional, defende a médica. Isso envolve não apenas buscar assistência médica regularmente, mas também reservar tempo para praticar exercícios físicos e se alimentar de forma saudável.

Informações à imprensa: 
Helder Azevedo 


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